Direito Processual do Trabalho
OAB Diária – Exame de Ordem Comentado – Direito Processual do Trabalho #5

Você já conhece o nosso projeto OAB Diária? Ele é voltado para você que está se preparando para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, onde iremos postar semanalmente uma questão e o gabarito comentado para darmos uma alavancada na sua preparação.
Esta iniciativa, promovida pelo site Direito Diário, veio para auxiliar na sua preparação, de maneira totalmente gratuita, com resolução de questões e comentários dos advogados que trabalham para o periódico.
A resolução de questões é o melhor método para potencializar o aprendizado, bem como entender o que a banca examinadora pretende exigir dos seus candidatos.
Hoje iremos analisar uma questão de Direito Processual do Trabalho do Exame Unificado XXXVII, de 2023. Vamos juntos?
Questão OAB
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV – 2023 – OAB – Exame da Ordem Unificado XXXVII – Direito Processual do Trabalho #5
Pedro, Luzia e Rogério são empregados da sociedade empresária ABC e ajuizaram reclamação trabalhista individual contra ela. Pedro tem 55 anos de idade e postula na sua ação horas extras; Luzia tem 42 anos de idade e em sua ação requer o pagamento de 2 períodos de férias vencidas; Rogério tem 34 anos de idade e, na sua demanda, postula o pagamento dos salários retidos dos últimos 2 meses de trabalho.
Em razão do alto salário que os três empregados recebiam, todas as ações tramitam pelo rito ordinário.
A respeito dessas reclamações trabalhistas, assinale a opção que indica, de acordo com a CLT, a(as) que terá(ão) preferência na tramitação processual.
Alternativas
A A de Rogério.
B A de Luzia.
C A de Pedro.
D A de Luzia e a de Pedro.
Faça a questão no seu tempo, após escolher um item, vamos conferir se você acertou?

Resolução
A questão trata sobre o tema dissídio individual, notadamente do tópico que trata das reclamações que terão preferência para julgamento.
Exigia-se do candidato conhecimento do art. 652, parágrafo único, da CLT, vejamos:
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
Parágrafo único – Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos.
(grifos nossos)
Cuidado o candidato para não confundir com a preferência de julgamento dada ao idoso, conforme art. 1048 do CPC, vez que nenhum dos reclamantes possui idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Dessa forma, vemos que a resposta correta é o item A.
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Especificações
Part Number | 9788544243787 |
Language | Português |
Number Of Pages | 1520 |
Publication Date | 1900-01-01T00:00:01Z |
Direito Processual do Trabalho
Embargos de Declaração: Não Revisar Fatos!
Embargos de declaração: não servem para revisão de fatos.

Os embargos de declaração são um recurso jurídico que permite às partes solicitar esclarecimentos sobre decisões judiciais que apresentem obscuridades, contradições ou omissões. Este recurso é crucial para garantir a transparência no processo judicial, pois não visa revisar o conteúdo da decisão, mas sim esclarecer pontos confusos. Os embargos devem ser interpostos dentro de um prazo específico e são fundamentais para assegurar que todas as questões relevantes sejam abordadas pelo tribunal, reforçando assim a confiança no sistema judiciário.
Os embargos de declaração são uma ferramenta legal que muitos não conhecem ou, pior, interpretam erroneamente. Eles servem para esclarecer omissões ou contradições em decisões judiciais, mas não para reanalisar fatos. Neste artigo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre embargos de declaração, especialmente suas limitações e aplicações no processo judicial. Se você está lidando com questões jurídicas, saber quando e como utilizar os embargos de declaração pode ser um diferencial no seu caso. Vamos juntos entender melhor esse conceito que, apesar de simples, é essencial em muitos processos judiciais.
O que são embargos de declaração?
Os embargos de declaração são um recurso jurídico que permite a uma parte questionar uma decisão judicial, buscando esclarecer pontos que possam estar obscuros, omissos ou contraditórios. Esse recurso é utilizado para aprimorar a clareza do julgamento e não para reanalisar os fatos do caso.
Objetivos dos Embargos de Declaração
O principal objetivo dos embargos de declaração é eliminar incertezas na decisão do juiz. Através deste recurso, as partes podem:
- Corrigir eventuais erros materiais.
- Esclarecer obscuridades na sentença.
- Resolver contradições entre os argumentos apresentados.
É importante destacar que os embargos não servem para modificar o conteúdo da decisão ou reapreciar fatos ou provas. O foco é na clarificação do que já foi decidido.
Quando Podemos Utilizar os Embargos de Declaração?
Os embargos de declaração podem ser interpostos em diversas situações, que incluem:
- Quando a decisão não aborda todos os pedidos feitos juridicamente;
- Quando existe uma contradição no julgado;
- Quando há uma obscuridade que impede a compreensão completa da decisão.
Esse recurso pode ser apresentado em diversos tipos de processo, sendo amplamente utilizado no âmbito da Justiça comum, sendo fundamental para garantir a efetividade do direito ao contraditório e à ampla defesa.
Objetivo dos embargos de declaração
Os embargos de declaração têm como objetivo principal esclarecer e corrigir as decisões judiciais que apresentem obscuridades, contradições ou omissões. A sua utilização é fundamental para garantir que todas as partes compreendam exatamente o que foi decidido pelo juiz. Portanto, este recurso busca proporcionar maior transparência ao processo judicial.
Finalidades dos Embargos de Declaração
Os embargos de declaração podem ser utilizados para:
- Corrigir erros materiais: Quando há erros simples, como uma informação incorreta, este recurso pode sanar a falha de forma rápida.
- Esclarecer pontos omissos: Se a decisão deixar de abordar algum aspecto relevante, o recurso busca preencher essa lacuna.
- Resolver contradições: Quando a decisão apresenta informações que se opõem, os embargos devem ser utilizados para harmonizá-las.
Esse recurso é um importante mecanismo para assegurar a justiça e a clareza no resultado dos processos. Assim, ele não tem a função de mudar o conteúdo da sentença ou rever fatos, mas, sim, de garantir que a decisão seja clara e compreensível.
Importância no Processo Judicial
Através dos embargos de declaração, as partes têm a oportunidade de solicitar ao juiz que reanalise seu julgamento sob uma nova perspectiva, sem entrar no mérito da questão. Isso é essencial para a manutenção da confiança no sistema judicial e na legislação.
Quando os embargos de declaração são utilizados?
Os embargos de declaração são utilizados em situações específicas dentro do processo judicial. Eles têm propósito claro de buscar clarificação sobre decisões que podem gerar dúvida ou confusão. A seguir, estão as principais situações em que os embargos de declaração são recomendados.
Situações Comuns para Utilização dos Embargos
Os embargos de declaração podem ser aplicados nas seguintes circunstâncias:
- Obscuridade: Quando a decisão não é clara e gera incertezas sobre seu conteúdo ou aplicação.
- Contradição: Se a sentença apresenta informações que se opõem entre si, é possível utilizar os embargos para corrigir essa incoerência.
- Omissão: Nos casos em que a decisão não aborda todos os argumentos ou pedidos apresentados pelas partes, os embargos são utilizados para destacar esse ponto.
Além disso, os embargos de declaração devem ser interpostos no prazo legal, que, geralmente, é curta. O autor do recurso deve apresentar suas razões específicas para a interposição, argumentando claramente a necessidade de esclarecer a decisão.
Importância da Utilização Adequada
Usar embargos de declaração de forma correta é essencial para proteger os direitos das partes. Esse recurso garante que as decisões judiciais sejam compreensíveis e que todas as questões importantes sejam tratadas de forma adequada. A boa prática de interpor embargos de declaração melhora a transparência do processo judicial e promove o entendimento mútuo entre as partes envolvidas.
Decisões recentes do TST sobre embargos de declaração
As decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre embargos de declaração têm se tornado cada vez mais relevantes no cenário jurídico. Essas decisões auxiliam a compreender como as normas e práticas sobre embargos estão sendo aplicadas e interpretadas. Abaixo estão algumas das mais importantes recentes decisões relacionadas a esse recurso.
Principais Decisões do TST
As seguintes decisões destacam como os embargos de declaração têm sido utilizados e quais princípios têm sido reafirmados pelo TST:
- Decisão sobre Omissão: O TST decidiu que a omissão de alguns pedidos pode ser sanada por meio dos embargos de declaração. Isso garante que todos os aspectos do caso sejam devidamente analisados pelo Tribunal.
- Esclarecimento de Contradição: Em outro caso, o TST enfatizou que os embargos são instrumentos úteis para a correção de contradições na decisão, facilitando a compreensão do juiz e das partes envolvidas.
- Erro Material: O Tribunal também reconheceu que erros materiais podem ser corrigidos por embargos, melhorando a certeza das decisões judiciais.
Essas decisões enfatizam a importância dos embargos de declaração como um recurso que ajuda a manter a integridade e a clareza das decisões judiciais. A aplicação cuidadosa deste recurso é crucial para garantir que a justiça seja feita de forma justa e compreensível.
Impacto das Decisões no Processo Judicial
As decisões do TST sobre embargos de declaração influenciam diretamente a prática dos advogados e a interpretação dos juízes em instâncias inferiores. Por isso, acompanhar essas decisões é essencial para entender como utilizar os embargos de maneira eficaz e garantir os direitos das partes no processo judicial.
Conclusão sobre embargos de declaração
Os embargos de declaração são um recurso essencial no sistema judiciário brasileiro. Eles têm como função principal esclarecer decisões judiciais que possam conter erros materiais, omissões ou contradições. Com a correta utilização destes embargos, as partes podem assegurar que suas questões sejam devidamente abordadas e que a justiça seja administrada de maneira clara.
Pontos-Chave Sobre os Embargos de Declaração
Alguns pontos importantes a serem lembrados incluem:
- Objetivo: Os embargos visam esclarecer decisões judiciais, não sendo um instrumento para rediscutir o conteúdo da decisão.
- Prazo: É fundamental observar o prazo legal para a interposição dos embargos, pois os mesmos têm um tempo específico para serem apresentados.
- Impacto: O uso eficaz dos embargos pode melhorar a compreensão das decisões, fortalecendo a confiança nas instituições judiciais.
É importante que advogados e partes interessadas conheçam bem este recurso para o aprimoramento do processo judicial. Além disso, estar atualizado com as decisões recentes do TST sobre embargos de declaração pode ajudar na aplicação correta deste instrumento.
Relevância na Prática Judicial
Em resumo, os embargos de declaração desempenham um papel vital no direito processual civil. Eles garantem que as decisões sejam justas e compreensíveis, e ajudam a manter a integridade do processo judicial, assegurando que todas as partes tenham a oportunidade de entender e contestar as decisões que afetam seus direitos.
Direito Processual do Trabalho
5 Medidas Atípicas que Mudaram o Processo do Trabalho
Medidas atípicas no trabalho: uma nova perspectiva de execução.

As medidas atípicas são abordagens inovadoras no direito do trabalho, que garantem a execução das sentenças trabalhistas em situações onde métodos tradicionais falham. Elas são essenciais para proteger os direitos dos trabalhadores, oferecendo flexibilidade judicial e promovendo acesso à justiça. Exemplos incluem a penhora de bens e a suspensão de vendas de ativos. A análise de estudos de caso e jurisprudência evidencia a eficácia dessas medidas, que impactam positivamente as relações de trabalho e a confiança no sistema legal.
Nos últimos anos, as medidas atípicas no processo do trabalho ganharam destaque, principalmente após decisões relevantes do STF. O entendimento sobre a responsabilidade patrimonial, assim como o modo como juízes têm adotado abordagens menos convencionais em execuções, revela uma transformação importante nos direitos trabalhistas. Neste artigo, exploraremos as nuances dessas medidas, destacando sua importância e as implicações para trabalhadores e empregadores, ao mesmo tempo que estudamos casos emblemáticos que ilustram essa nova dinâmica. Venha entender como essas medidas estão moldando o futuro das relações trabalhistas no Brasil!
Introdução às Medidas Atípicas
As medidas atípicas fazem parte de um conjunto de estratégias utilizadas no processo do trabalho que fogem ao padrão tradicional de execução. Elas surgem em um contexto onde a busca por soluções variadas se torna necessária para atender a situações específicas que não podem ser resolvidas com as medidas convencionais.
Um exemplo típico de medida atípica é a penhora de verbas, que pode ser frequentemente utilizada em casos onde o cumprimento forçado da sentença é dificultado. Essas medidas têm o objetivo de garantir que os direitos dos trabalhadores sejam efetivamente respeitados, mesmo que isso signifique adotar uma abordagem menos convencional.
A Importância das Medidas Atípicas
As medidas atípicas são essenciais para garantir uma maior efetividade na execução das sentenças trabalhistas. Caso não sejam adotadas, os trabalhadores podem se ver em situações de desamparo, quando seus direitos não são cumpridos. Portanto, essas medidas são uma ferramenta que ajuda a equilibrar o poder entre empregadores e empregados.
Além disso, a adoção de medidas atípicas permite que os juízes tenham mais flexibilidade na aplicação da justiça, atendendo às especificidades de cada caso. Isso pode levar a resultados mais justos e equitativos no processo.
Dever Jurisdicional e Princípio da Patrimonialidade
O dever jurisdicional é a obrigação que os juízes têm de assegurar a aplicação da justiça. No contexto das medidas atípicas, essa responsabilidade se torna ainda mais evidente. Os juízes devem agir de forma a garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados, mesmo quando isso exige medidas não convencionais.
Princípio da Patrimonialidade
O princípio da patrimonialidade é fundamental no direito do trabalho. Este princípio assegura que a responsabilidade do empregador está ligada ao seu patrimônio. Isso significa que, em caso de dívida trabalhista, o patrimônio do empregador pode ser alvo de medidas de execução.
Com as medidas atípicas, esse princípio é aplicado de maneira inovadora. A ideia é utilizar todos os instrumentos disponíveis para garantir que as dívidas sejam pagas. Por exemplo, pode-se penhorar bens específicos ou exigir garantias para o cumprimento das obrigações trabalhistas.
O Papel do Juiz
O juiz tem um papel crucial na aplicação do dever jurisdicional e no princípio da patrimonialidade. Ele deve avaliar cada caso cuidadosamente e decidir quais medidas atípicas são apropriadas. Isso inclui considerar as circunstâncias específicas e a situação econômica do empregador.
Além disso, o juiz deve promover a celeridade processual. A aplicação de medidas atípicas deve ser feita de forma a não só respeitar a letra da lei, mas também a intenção de justiça que esta busca. Isso pode incluir prazos definidos e a utilização de mecanismos que acelerem o processo.
Exemplos Práticos
Um exemplo de aplicação do dever jurisdicional e do princípio da patrimonialidade pode ser visto em casos onde o juiz acredita que o empregador tentará ocultar ou desviar bens para evitar o pagamento. Nesses casos, o juiz pode determinar a quebra de sigilo bancário ou a inclusão de bens em uma lista de bens penhoráveis.
Essas estratégias são essenciais para garantir que os trabalhadores tenham seus direitos protegidos e que o cumprimento das obrigações trabalhistas ocorra de forma eficaz.
Aspectos da Adoção de Medidas Atípicas
Os aspectos da adoção de medidas atípicas no contexto do direito do trabalho são complexos e multifacetados. Essas medidas são utilizadas de forma a garantir que as sentenças trabalhistas sejam efetivamente cumpridas, especialmente em casos em que métodos tradicionais falham.
1. Flexibilidade nas Decisões Judiciais
A utilização de medidas atípicas permite que os juízes tenham mais flexibilidade na aplicação da lei. Isso é crucial em situações onde a aplicação rígida das normas não atende ao princípio da justiça. Os juízes podem decidir usar métodos que garantam uma execução mais eficaz dos direitos trabalhistas.
2. Situações que Justificam Medidas Atípicas
Existem várias situações que podem justificar a adoção de medidas atípicas, incluindo:
- Atrasos crônicos no pagamento de salários.
- Risco de ocultação ou desvio de bens por parte do empregador.
- Identificação de um patrimônio insuficiente para cobrir as obrigações trabalhistas.
Cada uma dessas situações apresenta desafios únicos que exigem uma abordagem adaptativa na aplicação da justiça.
3. Exemplos de Medidas Atípicas
A adoção de medidas atípicas pode incluir diversas estratégias, tais como:
- Penhora de Bens: A penhora pode ser feita sobre bens imóveis ou móveis do empregador, assegurando que os direitos trabalhistas sejam respeitados.
- Sustação de Vendas: Em certos casos, pode-se determinar a suspensão de vendas de bens do empregador para garantir que os créditos trabalhistas sejam pagos.
- Quebra de Sigilo Bancário: Quando há suspeita de tentativa de ocultar bens, o juiz pode autorizar a quebra do sigilo bancário do empregador.
4. Critérios para Adoção
Para que uma medida atípica seja aceita, o juiz deve considerar diversos critérios, como:
- A urgência da situação.
- A gravidade das consequências caso a medida não seja adotada.
- O efeito que a medida pode ter sobre os direitos de defesa do empregador.
Esses critérios ajudam a garantir que as medidas adotadas sejam justas e equitativas, respeitando os princípios do devido processo legal.
Entendendo as Implicações Sociais
As medidas atípicas no direito do trabalho não afetam apenas o sistema jurídico, mas também têm profundas implicações sociais que podem transformar a dinâmica das relações trabalhistas. Elas buscam assegurar a proteção dos direitos dos trabalhadores, especialmente em situações onde a aplicação da lei convencional não é suficiente.
1. Proteção dos Direitos dos Trabalhadores
A aplicação de medidas atípicas é fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores. Em muitos casos, quando um empregador não cumpre suas obrigações, essas medidas são a única forma de assegurar que os empregados não fiquem desamparados.
2. Acesso à Justiça
As medidas atípicas também melhoram o acesso à justiça. Quando os trabalhadores sabem que existem mecanismos eficazes para exigir seus direitos, a confiança no sistema judicial aumenta. Isso ajuda a criar um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado.
3. Redução da Insegurança no Emprego
A adoção de medidas atípicas pode contribuir para a redução da insegurança no emprego. Trabalhadores que veem que a justiça pode ser feita se sentem mais seguros em seus postos de trabalho. Isso influencia a produtividade e a qualidade de vida dentro e fora do ambiente laboral.
4. Impactos Econômicos
Quando os direitos dos trabalhadores são assegurados por meio de medidas atípicas, isso pode ter efeitos positivos na economia. O aumento na confiança dos trabalhadores pode levar a maior investimento em suas funções, melhorando a produtividade geral. Além disso:
- Uma força de trabalho satisfeita tende a reduzir a rotatividade de pessoal.
- Os empregadores que cumprem com as obrigações trabalhistas evitam custos com litigação e indenizações.
5. Mobilização Social
As medidas atípicas também podem servir como um catalisador para a mobilização social. Quando os trabalhadores veem a justiça sendo aplicada, isso pode levá-los a se organizar e exigir melhores condições de trabalho. Isso pode resultar em movimentos mais amplos para garantir direitos laborais.
Estudos de Caso e Jurisprudência
Os estudos de caso e a jurisprudência são fundamentais para entender a aplicação das medidas atípicas no direito do trabalho. Esses exemplos práticos ajudam a ilustrar como as decisões judiciais têm sido tomadas e qual o impacto delas nas relações entre empregadores e empregados.
1. Exemplos de Estudos de Caso
Estudos de caso proporcionam insights sobre como as medidas atípicas funcionam em situações reais. Aqui estão alguns exemplos:
- Caso A: Em uma empresa onde o empregador não pagou salários por vários meses, o juiz autorizou a penhora de bens para garantir o pagamento devido a todos os funcionários. Essa medida ajudou a assegurar os direitos dos trabalhadores.
- Caso B: Em outra situação, a sustação de vendas de um bem do empregador foi determinada quando houve indícios de que o empregador tentava se desfazer de ativos para evitar o cumprimento de uma sentença trabalhista.
2. Jurisprudência Relevante
A jurisprudência é essencial para entender as tendências nas decisões sobre medidas atípicas. Vejamos algumas decisões significativas:
- Decisão do STF: A decisão do Supremo Tribunal Federal em um caso específico reconheceu a possibilidade de aplicação de medidas atípicas em casos onde o cumprimento das sentenças trabalhistas estava em risco.
- Decisões Regionais: Vários Tribunais Regionais do Trabalho têm adotado posturas semelhantes, evidenciando a importância das medidas atípicas como meio de proteger os direitos trabalhistas.
3. Análise das Implicações
A análise de casos e jurisprudência revela como as medidas atípicas podem servir como um recurso essencial para garantir justiça. Algumas implicações incluem:
- Aumento da efetividade na execução de sentenças.
- Promoção da equidade nas relações de trabalho.
- Criatividade judicial diante de situações desafiadoras.
4. Impacto nas Relações de Trabalho
O estudo contínuo de casos e jurisprudência molda a maneira como os tribunais e legisladores abordam questões trabalhistas. Isso influencia diretamente os vínculos entre empregadores e empregados. Um entendimento profundo das medidas atípicas pode melhorar a confiança no sistema judicial e fomentar um ambiente mais justo.
Direito Processual do Trabalho
OAB Diária – 38º Exame de Ordem – Direito Processual do Trabalho #5

Você já conhece o nosso projeto OAB Diária? Ele é voltado para você que está se preparando para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, onde iremos postar diariamente uma questão e o gabarito comentado para darmos uma alavancada na sua preparação.
Esta iniciativa, promovida pelo site Direito Diário, veio para auxiliar na sua preparação, de maneira totalmente gratuita, com resolução de questões e comentários dos advogados que trabalham para o periódico.
A resolução de questões é o melhor método para potencializar o aprendizado, bem como entender o que a banca examinadora pretende exigir dos seus candidatos.
Hoje iremos analisar uma questão de Direito Processual do Trabalho do Exame Unificado XXXVIII, de 2023. Vamos juntos?
Questão OAB
Banca: FGV Prova: OAB 2023 – Exame da Ordem Unificado XXXVIII – Primeira Fase – Matéria: Direito Processual do Trabalho #5
Tomás teve o pedido de sua reclamação trabalhista julgado procedente em parte. Com o trânsito em julgado, adveio a fase executória e o juiz lhe conferiu prazo para apresentar os cálculos atualizados, o que foi feito. Desse cálculo, a executada foi intimada a se manifestar, mas quedou-se inerte. Em seguida, após ratificação pelo calculista da Vara, o juiz homologou o cálculo de Tomás e citou o executado para pagamento.
O executado apresentou guia de depósito do valor homologado e, 5 dias após, ajuizou embargos à execução, questionando os cálculos homologados, entendendo que estavam majorados.
Diante da situação retratada e da previsão da CLT, assinale a afirmativa correta.Alternativas
A Os embargos não serão apreciados porque intempestivos, já que o prazo é de 3 dias úteis.
B Cabíveis embargos à execução no prazo de até 5 dias úteis após a garantia do juízo, daí, o mérito dele será apreciado.
C Há preclusão porque a empresa silenciou acerca dos cálculos, logo o mérito dos embargos não será apreciado.
D Os embargos são tempestivos, não há preclusão mas faltou realizar o preparo com acréscimo de 30%, daí o mérito não será apreciado.
Faça a questão no seu tempo, após escolher um item, vamos conferir se você acertou?

Resolução
A questão trata sobre o tema embargos à execução, conforme previsão do art. 884 da CLT:
Art. 884 – Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.
§ 1º – A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida.
§ 2º – Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.
§ 3º – Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo.
§ 4º – Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário.
§ 5º – Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal.
§ 6º – A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.
Como se nota, as matérias cognoscíveis por embargos à execução são restritas às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, da quitação ou da prescrição da dívida.
O valor pago em excesso, portanto, não é matéria de embargos à execução.
Ademais, importante ressaltar a redação do art. 879, §2º, da CLT:
Art. 879 – Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.
[…]
§ 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
Nesse sentir, temos que o momento para apontar incongruências no cálculo é no prazo para impugnação, sendo claro o dispositivo legal no sentido de que a inércia implicará em preclusão.
Dessa forma, vemos que a resposta correta é o item B.
Veja mais: Melhor Vade Mecum para estudos 2023
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